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posts aleatórios sem tópicos específicos ou muita mirabolanticidade. papos sem fundo. bem-vindos! (comentem!)

domingo, novembro 26, 2006

aquela que dita e traça o sempre


ela rolava e rolava. sua intenção era deixar muitos rastros, sempre contínuos, de modo que sua vida pudesse ser lida e seguida. e apagada toda de uma vez só.
ela pulava e dançava, perdia os óculos e os pés, e então,
sobrava-lhe muito pouco para ver o mundo.
questionava as atitudes impulsivas e acreditava que o falta de auto-controle fizesse os dentes cair. ela já havia perdido os seus dentes há muito tempo e pretendia desgastar o resto do corpo também, o mais depressa possível.
o tempo era ela que ditava.
ela o desenhava e o apagava quando queria. concluíra então que já havia estrago suficiente. era realmente hora. a hora

o sutil daquilo que dói


então, ele foi lá, com cara de menino, esfaqueou todo mundo
e depois foi comer. nhoc nhoc nhoc nhoc.
aí depois, ele entrou no seu quarto
virou um pássaro
e voou sem nem olhar pra trás
flap flap flap.

estalar os dedos e ouvir


sentados lá naquele lugar sujo e claustrofóbico onde as baratas arranham as lajotas de porcelana falsificada e as gotas de suor do prédio escorrem cansadas... e então, aqule jazz que vêm do apartamento vizinho e gostosamente chega aos ouvidos deles, como um cheiro dançante, que atravessa as paredes e chega até os que esqueceram
e relembraram como é ouvir