aquela que dita e traça o sempre
ela rolava e rolava. sua intenção era deixar muitos rastros, sempre contínuos, de modo que sua vida pudesse ser lida e seguida. e apagada toda de uma vez só.
ela pulava e dançava, perdia os óculos e os pés, e então,
sobrava-lhe muito pouco para ver o mundo.
questionava as atitudes impulsivas e acreditava que o falta de auto-controle fizesse os dentes cair. ela já havia perdido os seus dentes há muito tempo e pretendia desgastar o resto do corpo também, o mais depressa possível.
o tempo era ela que ditava.
ela o desenhava e o apagava quando queria. concluíra então que já havia estrago suficiente. era realmente hora. a hora